GROOVE DA MOTUMBÁ
Banda liderada pelo cantor e compositor Alexandre Guedes consolida proposta musical que mescla
ritmos afro-pop-caribenhos.
A força da percussão afro-brasileira em equilíbrio com a harmonia dos ritmos caribenhos. Semeada
em meio à riqueza das manifestações culturais da Bahia, vem da mistura de elementos musicais a
inspiração para o nascimento da banda Motumbá. Um sonho materializado há quase dez anos que
se fortalece a cada vez que, no palco, ganham espaço os instrumentos de percussão com suas
batidas inconfundíveis e calorosas, que aliados aos outros instrumentos, formam um som melódico e
diferenciado. À frente do grupo, o cantor, compositor e instrumentista Alexandre Guedes alia a
experiência de uma trajetória artística de mais de 20 anos à energia de quem vivencia a arte em
constante renovação.
“A Motumbá nasceu com a proposta de criar uma linguagem musical que incorporasse elementos de
nossa cultura. Ao mesmo tempo, queremos transmitir uma mensagem de paz e boas vibrações”,
explica o músico. A resposta ao pedido de bênção simbolizado pelo significado do nome da banda,
no idioma Yorubá, está nas ruas e nos números. Milhares de pessoas dançaram ao som do grupo
nos Encontros Motumbá Pra Você, projeto consolidado como uma das grandes atrações da Bahia.
Com inspiração na percussão de matriz africana e nos sambas de raiz e no merengue, ritmos que
acompanham Alexandre Guedes desde a infância no bairro do Candeal, foi concebida a identidade
sonora da Motumbá: afro-pop-caribenha. “O afro e o samba vêm da raiz, o pop, da diversidade, e o
caribenho, da salsa e do merengue, que juntos resultaram no que chamamos de groove percussivo”,
define Guedes.
A escolha de cada instrumento musical utilizado pela Motumbá é afinada com a proposta da banda.
Atabaques, djembês e klongs representam a cultura afro-brasileira. As tamburicas, malacachetas e
caixas, tradicionais das escolas de samba, trazem para o universo musical do grupo o ritmo sonoro
brasileiro por excelência. “Antes da Motumbá, os afoxés eram os únicos que usavam atabaques nos
shows. Trouxemos esses instrumentos para o palco com uma afinação diferenciada, em que três
músicos tocam de uma só vez. O resultado é um som menos estridente e metálico, mas com grande
força percussiva”, explica Alexandre Guedes.
Repertório afinado
Nos shows da Motumbá, um público afinado com o repertório que se fortalece a cada ano. Do primeiro
sucesso, o merengue Bororó, passando pelo suingue de Pra Balançar de Novo, de Bahia África, Na
Mala, Meu Tambor e a leveza de Jangadeiro, assim como composições mais recentes como
Parakundê, Sou do Malê e Jererê - música de trabalho, a banda reafirma o compromisso em
representar a diversidade cultural baiana através da música.
Prêmios
O reconhecimento pelo trabalho do grupo está na voz do público que entoa as canções da banda e
em premiações como o Troféu Dodô & Osmar, que elege anualmente os melhores do Carnaval
baiano. Em 2007, em sua primeira folia momesca em Salvador, a Motumbá concorreu nas categorias
Melhor Música do Carnaval - com o sucesso Bororó, além de Banda e Cantor Revelação. Garantiu o
prêmio nas duas últimas. Mas, acima de qualquer premiação e do sucesso nas rádios, a resposta à
proposta da Motumbá veio do público: os primeiros shows realizados no Pelourinho colaboraram com
a revitalização do Centro Histórico de Salvador.
Figurino
Em sintonia com a sonoridade do grupo, a linguagem visual da Motumbá representa a riqueza das
manifestações culturais da Bahia. Figurinos estilizados com acessórios são confeccionados com
artigos em couro bordado com pedras de cerâmicas, lantejoulas, madeira, penas de faisão e jeans
customizados. O rústico e o requinte aparecem harmonizados em tecidos que vão do tafetá ao linho.
Cerca de 500 peças compõe o acervo do figurino da banda.
Em todos os eventos, o mudra - símbolo que expressa o pedido de benção que é a essência da banda
– ocupa lugar de destaque: é mais uma forma de atrair boas vibrações aos shows da Motumbá.